9 de dez. de 2015

Sesc celebra Mário de Andrade com ocupação no Teatro Sesc Ginástico Hoje tem, teatro, música e palestras em apresentações gratuitas falam sobre o poeta e releem sua obra.

Professor de piano, compositor, pesquisador de cultura popular e artes visuais, crítico de arte e escritor. Essas são algumas das personas do poeta Mário de Andrade, que terá dois dias dedicados a sua obra no Teatro Sesc Ginástico com a ocupação multilinguagem “Mário de Andrade | Eu sou trezentos e cinquenta”, nos dia 8 e 9 de dezembro. Com idealização e curadoria do Sesc, o projeto reúne palestras, teatro e música para homenagear Mário de Andrade, cujo falecimento completou 70 anos em 2015.

Na abertura da programação, no dia 8/12 (terça-feira), às 18h, haverá um encontro com especialista na obra de Mario de Andrade, o escritor Eduardo Jardim, autor do livro “Eu sou trezentos – Mário de Andrade, vida e obra”, com mediação do jornalista Miguel Conde. Jardim vai mostrar ao público as múltiplas facetas de Mário de Andrade – as tais “trezentos” do título de um poema escrito pelo modernista -, que também escrevia contos, letras de música e até libretos de ópera.

- Mário de Andrade assegurou para todo artista brasileiro a liberdade de pesquisa estética. Construiu e propôs uma língua literária brasileira, que, por sua vez, se estende às outras linguagens artísticas. É quando o país deixa de ser cenário e passa a ser dito de forma genuinamente brasileira – conta Jardim, que enfatiza a importância do legado de Mário.

No mesmo dia, José Mauro Brant apresenta “O País das Lembranças”. Com humor, uma personagem conta suas histórias de infância e adolescência, dividindo com o público causos curiosos e canções que divertem e emocionam, atualizando a obra de Mário de Andrade.


Já no dia 9/12 (quarta-feira), também às 18h, o ator Pascoal da Conceição, acompanhado dos músicos Rômulo Barbosa (flauta) e Rômulo Viana (violão), apresenta a performance teatral “Mário de Andrade desce aos infernos” (título extraído poema de Carlos Drummond de Andrade escrito no impacto da morte súbita do poeta há 70 anos, em 25 de fevereiro de 1945). A apresentação reúne de poesia, conferência, crônica e rapsódia, extraídos de textos originais da obra de Mário de Andrade, acompanhados de trilha executada com composições de Villa Lobos.

Às 19h30, a cantora e multi-instrumentista Iara Rennó sobe ao palco com o espetáculo “Macuna Trio”, no qual mistura música e literatura, com canções que usam trechos musicados do livro “Macunaíma”, uma das principais obras de Mário. Iara conta que já apresentou o repertório de diversas maneiras: sozinha, em duo, trio, quarteto, quinteto e até com 21 pessoas em cena. Iara ressalta a paixão que Mario tinha pelas manifestações folclóricas brasileiras, que se expressam na maioria das vezes através de música. Daí também o caráter essencialmente musical de Macunaíma:

- Muita gente acha o livro difícil de ser lido. Com o “Macuna”, essas pessoas conseguem absorver um pouco mais da obra através das músicas - o que me faz sentir que estou cumprindo essa missão de disseminar, “macunar”, o Brasil. A obra e o legado que Macunaíma deixa para as gerações futuras, décadas adiante, é inestimável. Nos oferece minúcias da história da cultura de uma nação - a nossa, no caso.

Mário de Andrade

O escritor Mário de Andrade nasceu em São Paulo no dia 9 de outubro de 1893. Sua influência foi decisiva para o Modernismo se fixar definitivamente no Brasil. Estudou música, foi professor de piano, compositor, pesquisador (interessava-se pelas várias manifestações artísticas), estudou e escreveu sobre folclore, pintura (contribuindo para a renovação da arte brasileira), além de ter sido crítico de arte em jornais e revistas. Em 1917, escreveu seu primeiro romance sob o pseudônimo de Mario Sobral: “Há uma gota de sangue em cada poema”, nessa obra Mário de Andrade defendia a paz e criticava a Primeira Guerra Mundial e todas as consequências que ela causou. Viajou o Brasil inteiro para pesquisar e conhecer. Visitou cidades históricas, conheceu poemas e canções populares, festas religiosas, lendas, músicas indígenas e etc. Entre os anos de 1923 e 1930 escreveu “Clã do Jabuti” e “Remate de males”, frutos de suas pesquisas folclóricas. Em 1922, publicou “Paulicéia Desvairada”, obra que na época agradou aos modernistas porque destruía os padrões literários vigentes e propunha uma nova linguagem poética (verso livre, neologismos, rupturas sintáticas). Mário de Andrade morreu em São Paulo em 1945 e atualmente é considerado um dos maiores escritores da literatura brasileira

Serviço

“Mário de Andrade | Eu sou trezentos e cinquenta” – ocupação multilinguagem
8 e 9 de dezembro de 2015 (terça e quarta-feira), a partir das 18h
Teatro Sesc Ginástico: Av. Graça Aranha, 187, Centro. Tel.: (21) 2279-4027
Entrada franca
Classificação: 12 anos

Programação:
Dia 09 de Dezembro - quarta-feira
18h – performance teatral “Mario de Andrade desce aos infernos”, com Pascoal da Conceição, acompanhado dos músicos Rômulo Barbosa (flauta) e Rômulo Viana (violão).
19h30 - aula show “Macuna Trio”, com Iara Rennó, Mariá Portugal e Maria Beraldo Bastos
Apoio: Agenda Cultural RJ 
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