5 de mar. de 2015

João Guilherme Ripper apresenta Ciclo Portinari e Outras Telas Sonoras Poemas do pintor Cândido Portinari Novo trabalho do compositor abre o projeto Quartas Clássicas do BNDES Entrada franca

Da amizade entre João Cândido Portinari e João Guilherme Ripper nasceu o projeto Ciclo Portinari e Outras Telas Sonoras, lançado em CD, pela Biscoito Fino, com produção da Zucca Produções, a partir de recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura do Rio de Janeiro. O álbum com poemas – alguns inéditos - do pintor Cândido Portinari musicados por Ripper para piano e voz, foi transformado em espetáculo, que sera apresentado dia 11 de março, às 19h, dentro do projeto “Quartas Clássicas”, no Espaço BNDES, no centro, com entrada franca.

Para o espetáculo, João Guilherme Ripper selecionou 17 peças suas, para voz e/ou piano, sendo que oito delas foram elaboradas sobre poemas escritos por Cândido Portinari. A apresentação contará com a participação das cantoras líricas Luisa Francesconi (mezzosoprano) e Gabriella Pace (soprano), acompanhadas pela pianista Priscila Bomfim. 

Cantora-atriz brasiliense, com nacionalidade ítalo-brasileira, Priscila tem no repertóriooperístico peças importantes como Orfeo ed Euridice, O Barbeiro de Sevilha e La Cenerentola. Já Gabriella traz no currículo o Prêmio Carlos Gomes 2010 como melhor cantora solista. Cantou sob a regência de Isaac Karabtchevsky, John Neschling, Roberto Minczuk e Silvio Barbato, entre outros. Gabriella iniciou seus estudos com seu pai, o tenor e violista Héctor Pace e foi aluna de Leilah Farah e Pier Miranda Ferraro.  A pianista Priscila Bomfim é natural de Braga, Portugal, onde começou seus estudos musicais e venceu seu primeiro concurso de piano. Tem desenvolvido intenso trabalho como camerista e correpetidora, com apresentações  em diversas salas de concerto do país, além do Carnegie Hall (Weill Hall) em Nova York.

Cândido Portinari (1903-1962), um dos maiores pintores brasileiros, era um poeta bissexto que chamava seus poemas de “escritos”, que só foram publicados uma vez, em 1964. Quando João Cândido mostrou os originais para Ripper, este se encantou com a obra e criou oito peças gerando assim músicas com textos absolutamente desconhecidos escritos pelo pintor. “João Candido Portinari, filho do artista e meu querido amigo, foi quem me apresentou os poemas. Eles têm todos um caráter explicitamente auto-biográfico” – afirma o músico.

No programa da apresentação está “Cine-suite”, escrita em 2010. A série de quatro peças para piano sugerem a música incidental para cenas do cinema italiano,americano, francês e suas comédias mudas. São referências a estilos de trilhas sonoras, sempre com uma abordagem bem-humorada, como o acompanhamento de filme mudo da última parte.

Em “Outras Telas Sonoras”, “Rio Desvelo”, com poesia de Ripper, retrata um marujo de uma nau do século XVI em frente a um Rio de Janeiro atemporal. “Diga em quantas linhas” é uma ária da ópera “Domitila, escrita em 2000 sobre libreto do compositor baseado nas cartas de amor trocadas entre a Marquesa de Santos e o irrequieto imperador D. Pedro. "É preciso morrer" é ária de Anna, esposa do escritor Euclides da Cunha na ópera "Piedade", de 2012.
Sobre João Guilherme Ripper 
João Guilherme Ripper é autor de uma extensa obra vocal que compreende canções, cantatas e cinco óperas: “Domitila” (2000), “Anjo Negro” (2012), “Piedade” (2012), "Onheama" (2014) e "O diletante" (2014).

Sua obra tem estreita ligação com a literatura e a pintura, sendo ele mesmo o autor de vários textos em suas composições. Escreveu a cantata “Desenredo”, para coro e orquestra, a partir de encomenda da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, que estreou a obra em maio de 2008, repetindo-a em julho daquele ano no 39ºFestival Internacional de Inverno de Campos do Jordão, quando Ripper ali atuou como Compositor Residente. Também para este festival, escreveu a cantata “Olhos de Capitu”, para soprano, narrador e orquestra, baseado no clássico “Dom Casmurro”, de Machado de Assis. Em 2009, a Orquestra Sinfônica Brasileira executou a obra no Rio de Janeiro, tendo a soprano Michelle Caniccionni como solista e a direção do maestro suíço-argentino Stefan Lano.

Em 2013, a partir de nova encomenda da OSESP, estreou "Cinco poemas de Vinicius de Moraes" na Sala São Paulo, com a soprano Carmen Monarcha e a maestrina mexicana Alondra de La Parra. A obra está na programação de 2015 da Orquestra Sinfônica Brasileira.

Foi Diretor da Escola de Música da UFRJ, é atualmente Diretor da Sala Cecília Meireles e é membro da Academia Brasileira de Música, ocupando a cadeira no 30, cujo patrono é Alberto Nepomuceno.


SERVIÇO
Quartas Clássicas – Dia 11/03/2015 – 19h – Entrada Franca
Senhas distribuídas a partir das 18h
Informações e reservas pelo site http://www.bndes.gov.br
Espaço BNDES - Avenida República do Chile, 100 - Centro – Tel: 2172-7770
Próximo ao Metrô Carioca
Capacidade: 395 pessoas  / Classificação etária: Livre


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